sábado, 3 de dezembro de 2011

WIKIPEDIA PAGO?

O Wikipedia já ameaça ser cobrado. Anda agora pedindo dinheiro na sua página inicial. Susan Hewitt, a exemplo do sistema Linux, criado pelo finlandês Linus Torvalds, criou inicialmente o site de pesquisa para receber contribuições textuais de todos os usuários, sendo uma comunidade onde todos os que a usassem pudessem contribuir criando mecanismos de pesquisa, tópicos, verbetes, enfim, o que pudesse enriquecer a pesquisa mais ainda. Era para ser um site de pesquisa comunitário, aberto, sem fins lucrativos. Agora que vêm os bilhões de usuários pelo mundo afora querem meter a mão nos bolsos de todos, cobrando por um serviço que nem são eles os criadores que fazem, mas sim os usuários? Porque sempre se recusaram a se juntarem a sites como Yahoo, Google e outros que geram receitas? Susan com sua cabeça de hippie pensava o quê? Que administraria uma comunidade sem precisar de grana? Esnobou os assédios de todas as empresas que tentaram parcerias com o site dela e agora quer que nós, os usuários, paguemos o pato por isso? Não concoro com isso! Se passarem a cobrar, terão então que repassarem a parte que cabe aos que diáriamente colaboram criando verbetes e enriquecendo as informações do site. Eu mesmo sou um que já colaborei. Quero meu dindim! O slogan não é "a enciclopédia livre"? Honrem isso então!










domingo, 27 de novembro de 2011

O DIFÍCIL OFÍCIO DE TORCER

Vendo hoje esse angustiante jogo do Cruzeiro X Ceará, onde valia mais do que nunca a confirmação dos dois times na divisão de elite do futebol brasileiro, pude perceber o quanto o esporte -o futebol em especial- pode nos ensinar a sermos mais pacientes e resignados.

Torço para o Cruzeiro desde os meus 12 anos de idade. Eu era apenas um garoto vindo do interior, fascinado pelo Pelé, craque da época, que encantava a todos com suas mágicas jogadas e dribles desconcertantes. Como todo garoto da época, eu me dizia santista. Na minha época não era comum a gente adquirir camisas dos clubes assim tão fácil. Elas eram colocadas à venda em números limitados, mesmo assim para poucos. O marketing esportivo ainda era coisa que caminhava discretamente. Os clubes acho que nem tinham ainda esses departamentos. Hoje possuem até estilistas para criarem os seus uniformes.De lá pra cá o futebol mudou muito. Um jogador brasileiro nos anos 60 não ganhava essa fortuna que hoje ganha. Muitos eram até marginalizados pela sociedade. Os pais temiam que suas filhas se casassem com eles.

Meu primeiro jogo do Cruzeiro foi um do campeonato mineiro em 1966 contra o América. O Cruzeiro tinha aquele timaço dele que tanto encantava a crônica esportiva brasileira. Nomes como os de Raul, Dirceu Lopes, Tostão, Evaldo, Piazza, Zé Carlos e Procópio eram temidos pelos clubes brasileiros. Lembro-me que ganhamos esse jogo, de uma forma até dificil, pois o América por tradição sempre encarou o Cruzeiro como um rival menor a ser colocado em segundo plano, já que ele vinha de uma larga tradição de ser ele e o grande rival dele Atlético, considerados como o "clássico das multidões". Mas foi esse time do Cruzeiro que me fez ver o futebol mineiro como esporte competitivo tanto quanto eram o paulista e o carioca. Esses mais badalados. Nas cidades do interior, as ondas de rádio que chegavam eram do Rio de Janeiro ou São Paulo, portanto os jogos que ouvíamos vinham desses dois grandes centros.

Eu nunca havia escutado falar de Atlético, Cruzeiro e América. Ao me mudar para Belo Horizonte pude conhecer o meu querido Cruzeiro. Apaixonei-me de cara por aquela camisa azul celeste, minha cor favorita desde criança. Passei a colecionar tudo que podia ver do Cruzeiro. Recortava fotos e lances dos jogos nos jornais. Ouvia os noticiários e tudo mais.

Assim formava-se mais um torcedor. E assim é até hoje. Portanto jogadores, recebam isso como um alerta: absorvam essa responsabilidade a vocês atribuídas. Milhares de garotos pelo Brasil afora confiam em vocês e querem que vocês jamais manchem a história dos clubes que eles aprenderam a amar desde muito cedo. Não permitam que uma história tão bonita quanto essa ganhe pinceladas de tragédia no final. Sintam o peso das camisas que vestem. Sim, isso pesa ainda, apesar de muitos acharem isso hoje como coisa do romantismo ultrapassado dos torcedores. A camisa ainda conta sim para nós, se para vocês não, se pra vocês ela é apenas uma cor berrante e incômoda, para nós não! Para nós ela representa a cor do nosso espírito, da nossa alma.






 


PORQUE ONTEM FOI SÁBADO

Sábado à noite no Facebook é uma festa! O que mais se vê por lá são frases que parecem saidas de um coração inquieto. Talvez pela falta de um bom programa social, de uma companhia, as pessoas correm pra lá e acionam o seu mural das lamentações. Ao contrário de mim, que faço isso em todos os dias da semana, exceto aos sábados.
Todo guerreiro merece um descanso.
Já na segunda-feira lá vira um salão de beleza. Os que tiveram a tal vida social correm pra lá pra matar de inveja quem não teve. That's life!
Tá, vocês dirão: "Mas você faz exatamente o que critica!"... faço sim, mas hoje não é mais sábado, é domingo! Hoje eu posso!
Vai aí um video do Sinatra para vocês refletirem um pouco sobre isso.